quinta-feira, 24 de novembro de 2016

As Mentiras de Locke Lamora – Col. Nobres Vigaristas - Scott Lynch. Ed Arqueiro.


Muito bom.
O autor escreve muito bem, tem uma trama bem feita e é apaixonante.
O ambiente é muito bem criado com uma cidade bem ambientada com riqueza de detalhes "Camorr", mas não pense que é uma terra medieval com cavaleiros e reis, não Scott Lynch ambienta sua obra em uma cidade comum que poderia realmente ter existido ou ainda existir. Claro que como toda a cidade tem seu lado rico, intermediário e pobre e é deste último que surge nosso personagem principal. A cidade conta com gangues, e dois tipos de governantes, um que é como o prefeito de Camorr e outro que governa o submundo das gangues da cidade.
No começo pensei que o livro seria como Robin Hood o que na realidade não se realiza, pois Locke não distribui seus ganhos com os pobres, mesmo assim ele se torna um espinho no calcanhar dos nobres de Camorr, o que não deixa de ser cativante.
Se o que você espera desse livro são dragões, orcs ou cavaleiros irá se enganar esse não é um livro de batalhas em campo aberto, mas sim no intelectual, mentiras trapaças e reviravoltas são partes constantes do livro. Mas para não fugir tanto assim da fantasia há bruxos poderosos, mas que não fazem parte constante do livro ou pelo menos não desse primeiro livro.
 O personagem principal é como o título diz Locke Lamora um órfão que ninguém sabe de onde veio e que tem um dom especial para contar mentiras e aplicar golpes espetaculares. Mas não é só de Locke que esse livro é feito temos ainda, Jean Tannen (guardem esse nome), o habilidoso guerreiro, os irmãos gêmeos Sanza, Calo e Galdo, o jovem Pulga e o Padre Correntes, o Sacerdote “Cego” da Casa de Perelandro, que é o líder do grupo na fase infanto-juvenil dos Nobres Vigaristas;  Chefão do crime de Camorr  Capa Barsavi, rei das gangues de ladrões e que faz um contraponto ao Duque de Camorr; e o implacável Rei Cinza, temido e apavorante assassino de ladrões e seu bruxo Falcoeiro (guardem esse nome também).
Apesar do autor intercalar momentos presentes com momentos passados  a leitura não se torna maçante e transcorre muito bem, o enredo transcorre  dessa forma presente, passado, girando entorno do golpe que esta sendo aplicado e pela guerra entre o Capa Barsavi e o Rei Cinza e no meio de tudo isso está Locke Lamora e os Nobres Vigaristas, todas essas estórias ao mesmo tempo vêm se entrelaçando no personagem de um modo que só mesmo Scott Lynch conseguiria fazer.
Avaliação 


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